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Rivalidade entre quadrilhas das comunidades marcará segunda noite de disputa

É possível a rivalidade entre os Bois-bumbás Garantido e Caprichoso, mas nunca se imaginou que entre as quadrilhas das comunidades houvesse uma rivalidade sadia que acontece no segundo dia de disputa do festival de quadrilhas e danças.

Notícia do dia 24/06/2017 Ouvir Notícia
Rivalidade entre quadrilhas das comunidades marcará segunda noite de disputa

A Praça dos Bois, lado azul, abrigará neste sábado, 24, mais um momento marcante da rivalidade entre os grupos de quadrilhas da chave C, categoria “Danças Tradicionais das Comunidades”. Válida pelo título do Festival de Quadrilhas e Danças referentes à abertura oficial do 52° Festival Folclórico de Parintins. Com o apoio da Prefeitura Municipal, os grupos buscam levar para o público, a alegria, a beleza e a qualidade implantada pelas agremiações em suas apresentações.

 

Todos os anos as comunidades se mobilizam e trabalham para fazer uma boa exibição para o público e para os jurados, deixando a disputa ainda mais acirrada. Porém, o embate está mais presente entre os grupos “Camponeses na Roça” da comunidade do Parananema, “Explosão na Roça” da comunidade do Macurany e “Fogo na Roça” da comunidade do Aningá.

 

Os “Camponeses na Roça”, do Parananema, que tem como fundador Mariano Augusto Farias, participa do festival há 52 anos.  Darlan Farias Alves, neto de Mariano Farias, é que comanda a equipe hoje, além de coordenador é o apresentador dos camponeses. Este ano é o 3º grupo da chave C a se apresentar na abertura do Festival de Parintins, abordando o tema “Viva a Natureza”.

 

 “Tenho 25 anos como apresentador de quadrilha, e em todo esse período essa rivalidade vem acontecendo, mas é sadia. Vamos fazer bonito e se Deus quiser sair com o título”, disse Darlan Farias, apresentador dos Camponeses na Roça.

 

O “Explosão na Roça”, do Macurany, fundada em 1968 por Gracy Ramos e Nelson Ramos, participa do festival há 41 anos. Atualmente a equipe é coordenada por Douglas Pinto, Leny Ribeiro e Odirley Souza. Será o 1º da chave C a se apresentar na abertura do festival, exibindo o tema “Explosão na Roça, combustível vivo que alimenta a chama cultural do Macurany”.

 

“A rivalidade entre os grupos faz com que cada um busque fazer o melhor. A gente deixa eles pra lá, mas fora essa disputa nós somos parceiros.  Na arena nós vamos manifestar um pouco do modo de ser do povo do Macurany através da brincadeira da quadrilha”, destacou Darlan, um dos coordenadores do Explosão na Roça.

 

A comunidade do Aninga também estará presente no festival de quadrilhas e danças, com “Fogo na Roça”. O grupo fundado por Taciana Paixão participa do festival há mais de 50 anos, e hoje é liderada por Nemézio Damasceno. Este ano a equipe é a 2º a se apresentar, tendo o tema voltado para o sentido das cores da indumentária do grupo.  

 

“Rivalidade é só na hora da disputa, inclusive os dirigentes das outras comunidades são amigos, mas temos certeza que esse ano vem mais um título pra quadrilha Fogo na Roça”, concluiu Nemézio Damasceno, líder do cordão folclórico.

 

Além das três comunidades, Aninga, Macurany e Parananema, a comunidade Boa Esperança do Zé Açu entra na disputa com a quadrilha “Esperança na Roça”.

 

Por: Lorena Silva e Suzi Carvalho, acadêmicas de Comunicação Social da Ufam.